Você já ouviu falar em grazing?
Após uma busca rápida pelo termo, vemos que são poucos os resultados que esclarecem o tema. Grande parte do que encontramos está relacionada ao grazing food (ou grazing table), conceito que surgiu na Austrália e consiste no estilo de espalhar os alimentos em uma superfície – como as tradicionais tábuas de frios – para ficarem à disposição de forma prática, com opções variadas e podendo ser consumidos em pequenas porções ao longo de um período de tempo.
No entanto, o termo grazing também passou a ser conhecido no mundo da nutrição e saúde. E por que isso aconteceu?
Em tradução livre, grazing significa “pastando” e se refere ao hábito de estar constantemente “beliscando”. Em outras palavras: é a ingestão repetitiva de pequenas quantidades de alimentos ao longo do dia, de forma não planejada e sem estar com fome.
Algumas dietas adotaram o grazing como uma abordagem alimentar, defendendo que o hábito de realizar várias refeições pequenas ao longo do dia, em vez de fazer as grandes refeições principais, pode trazer benefícios para a saúde, como auxiliar na perda de peso, por exemplo. Mas é preciso ter cuidado com essa prática.
A princípio, o grazing não representa riscos, mas este comportamento pode se tornar compulsivo e estar associado a problemas psicológicos (depressão, ansiedade). Além disso, o grazing pode levar ao desenvolvimento de problemas como transtornos alimentares, obesidade, problemas cardiovasculares, entre outros.
O termo ainda é pouco conhecido e estudado no Brasil, mas é preciso estar atento, pois o grazing pode ser o indício e até mesmo um gatilho para o desenvolvimento de problemas de saúde. Na verdade, o grazing pode causar muito mais malefícios do que benefícios, e vamos entender o porquê.
Comer sem controle para amenizar alguma situação estressante ou aliviar a ansiedade. Sentir culpa após comer, mas não conseguir se conter e repetir o mesmo comportamento. Estes são alguns sinais do grazing.
Ou seja, o grazing pode estar intimamente relacionado a condições psicológicas, funcionando como um mecanismo de regulação emocional. Mas não é só isso; ele também pode provocar outros malefícios à saúde. Confira alguns deles.
Risco de ganho de peso
O consumo contínuo de calorias, mesmo que em pequenas quantidades, pode levar a um superávit calórico, resultando em ganho de peso ao longo do tempo.
Flutuação dos níveis de glicose
Comer constantemente pode causar picos e quedas nos níveis de glicose no sangue. Isso pode ser prejudicial para pessoas com diabetes ou problemas relacionados à insulina, uma vez que o corpo tem que produzir insulina repetidamente para lidar com os altos níveis de açúcar no sangue, gerando desregulações.
Problemas digestivos
O sistema digestivo precisa de tempo para processar os alimentos de maneira eficiente. Comer com muita frequência pode sobrecarregar esse processo, levando a desconfortos como indigestão, distensão abdominal, desconforto gastrointestinal, refluxo, entre outros.
Desequilíbrio nutricional
Quando a alimentação é feita de forma fragmentada e sem planejamento, pode ser difícil garantir que a dieta seja balanceada e nutritiva. Comer constantemente pode levar a escolhas alimentares pouco equilibradas, aumentando o consumo de alimentos processados, ricos em gorduras, açúcares e sal, em detrimento de alimentos saudáveis e nutritivos.
Desregulação do apetite e percepção de saciedade
O hábito de comer constantemente pode afetar a sinalização do apetite do corpo, confundindo os sinais de fome e saciedade. Isso pode levar a uma relação pouco saudável com a comida e aumentar o risco de compulsão alimentar.
Pode ser difícil controlar o grazing, mas algumas estratégias podem ajudar, além da busca por ajuda profissional, que é essencial.
Observe a si mesmo e esteja atento aos gatilhos
Observe com atenção quando este comportamento ocorre e a sua intensidade. Identifique quais são os gatilhos que levam a este comportamento alimentar.
Opte por alimentos saudáveis e faça exercícios físicos
Geralmente, as pessoas que estão neste comportamento preferem os alimentos pouco nutritivos. Sendo assim, tente não ter por perto alimentos fáceis de beliscar (snacks, chocolates) e opte por alimentos saudáveis (frutas, iogurtes), deixando-os preparados e na quantidade adequada.
Além disso, realizar atividades físicas com regularidade ajuda no controle do estresse e da ansiedade, que podem ser estímulos para o grazing.
E o mais importante!
Notou que precisa de ajuda? Procure os profissionais que poderão te ajudar, como nutricionistas e psicólogos.
A princípio, o grazing pode parecer inofensivo, mas os malefícios que ele apresenta não podem ser ignorados, principalmente quando fora de controle. Este comportamento alimentar geralmente está associado a problemas psicológicos, além de provocar outros problemas à saúde, por isso merece toda a nossa atenção.
O grazing ainda é pouco conhecido e estudado no Brasil, mas esteja atento aos sinais. Cuide da alimentação, cuide da saúde mental e procure um profissional sempre que precisar.
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Sou a Nina, Assistente Virtual da Unimed Anhanguera e estou aqui para te ajudar.
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